terça-feira, 2 de outubro de 2012



                                      Outra foto da apresentação da Cia Brincando Com Idéias
                          Terceiro encontro de mamulengo em São Paulo

 Aconteceu em São Paulo o terceiro encontro de mamulengo lá fui eu no primeiro dia representando a Cia brincando ideias e o coletivo alma ambiental, a abertura foi no dia 28 de maio na sede do grupo sobrevento. Com o lançamento do livro "Cassimiro coco de cada dia-botando bonecos no Ceará", escrito por Ângela Escudeiro. Ela nos falou sobre a experiência para escrever o livro e as dificuldades que teve para editá-lo. E como foi, para ela entrevistar e colher relatos dos mestres mamulengueiros. E que teve muita satisfação e orgulho de conviver um tempo com alguns deles,indo em suas casas, ouvindo suas histórias de brincantes e artistas de Cassimiro coco. As pessoas que ouviram seu relato ficaram comovidas, entre os artista que trabalham com o teatro popular de bonecos. Em seguida teve a apresentação do teatro nacional guinol-havana cuba com o espetáculo "Lá caperucita roja". A história se tratava da fábula de chapeuzinho vermelho, o espetáculo já começa primeiramente com os atores entrando e passando no meio do público até chegar ao palco e ir montando a empanada. Nesse tempo, eles vão interagindo com a platéia e em alguns momentos o espectador é convidado a participar do espetáculo: em uma das cenas uma criança é chamada a subir ao palco e interagir com o boneco e ao término da cena a criança volta à platéia. Os espectadores assistiram uma encenação viva e cativante pelos títeres cubanos. Eles nos conquistaram de uma forma bela e indescritível. Ao término do espetáculo, as pessoas puderam compra o livro da Ângela Escudeiro.

O segundo dia foi no boulevard São João no local havia muitas empanadas e vários mamulengueiros do Brasil e de três países,sendo representados por Cuba, Portugal, Argentina com suas empanadas, o lugar em que ficam os manipuladores de bonecos. Eles, os bonequeiros tinham quinze minutos para se apresentar enquanto o próximo se preparava para entrar neste exato momento. Tinha o mestre de cerimônia que anunciava a entrada de outra Cia de mamulengo. Em quase toda apresentação, havia um grupo de forró que tocava a música conforme apresentação de cada intervenção, o publico interagia, com as apresentações de uma forma agradável e o mais interessante eram as pessoas que passavam por ali para olhar e ficavam para assistir  e depois iam embora ao final de cada uma delas.
À noite na galeria olido teve uma roda de conversa seguida do mestre Fernando Augusto do malungo sorriso-pé com seu boneco fazendo um número  relacionado sobre o cotidiano e matérias escolares, eram sugeridos pela platéia onde o manipulador perguntava o boneco respondia, caíndo nas graças do público e nos alegrando. Ao termino da apresentação, foi a vez do mestre augusto bonequeiro falar sobre a tradição a cultura popular do teatro de malulengo e sobre a sua história como mestre, pesquisador e da trajetória como fazedor de bonecos. Disse sobre a pesquisa que vem desenvolvendo há anos sobre os títeres os manipuladores de bonecos no Brasil uma tradição que existe há muito tempo, falou da importância da preservação como patrimônio histórico, da importância do mestre na cultura brasileira e que esta arte precisa ser preservada. Ele citou vários mestres que ele conviveu e foi aprendiz.
Ele tem orgulho de ter  um material guardado que estará no museu do teatro de mamulengo e títeres. Por isso é importante que futuras gerações conheçam esta arte do teatro de bonecos. Bom fui nesses dois dias e pude apreciar como é rico a cultura do teatro popular de mamulengos para o Brasil e para o mundo. Assinado; Mauro Grillo